Conversa ouvida por acaso em um ônibus saindo da USP, alguns dias atrás, entre duas senhoras de meia idade, louras, (mais ou menos) bem-educadas, aparentemente de fora de São Paulo e visitando a universidade para algum evento:
[os eleitores de Serra, como sabemos, são a favor da vida]
— Tomara que a Dilma morra! Deus que me perdõe, tomara que ela morra!
[os eleitores de Serra, como sabemos, prezam pela liberdade de expressão]
— Aqui vai ficar que nem Cuba! Vão censurar todos os jornais!
[finalmente, os eleitores de Serra são verdadeiros nacionalistas]
— Ainda bem que minha filha tem nacionalidade alemã e não precisa viver neste país!
[para completar, os eleitores de Serra, como sabemos, são bem informados]
— O Olavo Setúbal morreu?! Meu Deus, o presidente do Bradesco [sic] morreu!
Não tenho como comprovar a veracidade da conversa, mas de tão ridícula que está a campanha, ela é uma das coisas mais verossímeis que têm ocorrido.
Após as eleições, o PSDB se transformará na seção brasileira do Movimento da Festa do Chá.
Hey! Continuo acompanhando…
Realmente, o debate político cotidiano mostra o que se construiu com a educação brasileira. Quanto mais mesquinho, mas mesquinhez se faz.
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“mesquinhez” é realmente a melhor palavra para definir tudo o que está acontecendo: da baixaria da campanha religiosa à luta de classes que se revela nestes diálogos aleatórios
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