originalmente publicado em http://notasurbanas.blogsome.com/2009/10/12/ctrs/
É tedioso ouvirmos em Brasília, Salvador, Belo Horizonte e São Luiz: “Isto
aqui é primeiro mundo”. A isto, costumo responder: não é primeiro
mundo! É possível sempre com humanismo e sensibilidade criar espaços
que influenciem profundamente a cultura médica que se implantou e
permitiu que hoje a Rede SARAH exista e resista aos impactos e traumas de
uma sociedade retrógrada e egoísta. O contra-sistema que a Rede SARAH
hoje representa no caos de assistência médica brasileira, só é possível a
partir das fortalezas belas e espartanas que Lelé projetou e construiu e que
consolidaram um pacto com o povo de todos os Brasís, que compreendeu-
as e delas se apropriou.
Lelé construiu e constrói monumentos que tem vida. Porque abrigam o
homem. Aqueles que sofrem em sua fragilidade e os que cuidam no seu
cotidiano de entrega.Aloysio Campos da Paz Júnior
Cirurgião Chefe da Rede SARAH
Presidente da Associação das Pioneiras Sociaisfonte: CTRS (org.). CTRS – Centro de Tecnologia da Rede Sarah. São Paulo: Pro Livros, 2006.
O Centro de Tecnologia da Rede Sarah é dos poucos espaços de resistência contra o desmanche do Estado e dos direitos sociais. Apesar da pressão criminosa do setor imobiliário para inviabilizá-lo, permanece.
Estes vídeos são imperdíveis.