Não será difícil contestar que não só a pretensa objectividade da ciência é altamente falível, como o facto de a ciência da natureza não estar isenta da marca de interesse humano antropocentrado, tantas vezes mais ao serviço da economia e menos da estética. A confusão de antropocentrismo e humanismo tem sido observada por vários autores, entre os quais Yuriko Saito, que mostrou bem como as grelhas de compreensão da ciência são humanas, e que os seus resultados têm sido frequentemente armas de domínio, e não de acesso directo à realidade
Adriana Serrão. Paisagem e ambiente: uma distinção conceitual. Enharonar. Quaderns de Filosofia, 53, 2014, p. 15–28.